segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Lapsus - um atrás do outro



Meio as coisas abandonadas pelo Scott Johnsonn, encontrou-se um exemplar do As mulheres do meu pai, de José Eduardo Agualusa, na versão inglesa "My father's wives". Um cliente chamou a atenção para uma nota a lápis que faz uma observação de ordem cronológica.




Desculpe lá, Scott Johnsonn, mas você também cometeu um lapso. Não foi "later". Nessa luta, o Joe Louis manteve o título que conquistara em 1937 em luta com o Cinderella Man. Mania...

(Jorge Dias)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Encontro

Em visita a um amigo de Portalegre, encontrei entre as páginas de um livro uma folha manuscrita bastante maltratada. Em resposta às minhas perguntas intrigadas, meu amigo explicou-me que obtivera esse livro através do bookcrossing e que esse texto já vinha lá dentro. Bookcrossing, estilo jamesiano, conteúdo condizente com o tema do seu último romance (inédito) – penso que há probabilidades de se tratar de um pedaço de texto de Scott Johnsonn. Aqui vai:






(O que) o espantou durante o encontro foi que algumas das palavras por ambos proferidas possuíam uma tonalidade mais própria de quem trava conhecimento do que de quem se reencontra, embora houvesse por instantes curtas alusões a acontecimentos do passado. Em redor, as pessoas em grupos reagiam às obras expostas numa espécie de coro extático a que apenas eles se furtavam, entretecendo (num canto mais resguardado) uma nova (tapeçaria, aparentemente) esquecidos da tragédia antiga que os separara. O som das vozes, o ruido dos passos interferia na doçura da conversa fazendo-os retirar para o jardim da galeria. Mas lá fora, uma inesperada timidez surgiu que os fez despedirem-se após alguns minutos, trocando contactos com promessas de se verem de novo muito em breve. Ambos sabiam, todavia, que provavelmente (não) iriam voltar a ver-se, temendo cada um deles (que a) sombra do passado, esplendorosa (que fora), se transformasse num triste (fantasma).
Gouma Ezran

domingo, 2 de agosto de 2009

Testemunho

Scott Johnsonn?!
Creio que um dia o vislumbrei
nas Alminhas, lá ao fim da tarde
conversando com o Duque da Ribeira...
certezas não tenho, mas eu sei
àquela hora, que o sol já pouco arde
é que o tempo pára e s' espreguiça
dum dia de trabalho e da liça
e s'entrega ao sossego, Douro à beira...
nessa hora de paz, o rio é manso
e faz daquele canto o remanso
nas luzes que acendem na Cidade;
nessa hora de Poetas e de Estrelas
eu vi-os, aos dois, a acendê-las
rindo e conversando, ao fim da tarde!...
Maria Mamede
2/Agosto/09

sábado, 1 de agosto de 2009

(...)

...falaram-lhe para vender as folhas ao Rodrigues Vaz. entretanto, algúem achou que não seria boa ideia, porque só receberia depois da obra editada, se houvesse patrocinador para tal - o que levaria anos a acontecer correndo o risco de nunca saber se aconteceu - que nestas coisas o editor em causa é muito esquecido por excesso de preocupações.
Nunca iremos saber qual seria o fim, mas deixar que algumas das belas folhas se perdessem ao fim de tantos anos e tantas viagens, frustra. Fica a esperança em
que alguém - de boa fé - as tenha visto (ou encontrado) e as tenha feito editar nem que assinadas por si, a bem do património lliterário mundial

Luis aires

Sobre o avô

Até que não seria muito difícil abordar a estória. Se bem que não fosse inédito, era de certeza uma bela e anafada matéria-prima.
Como enquadrá-lo?
Alemão descontente, mas não dissidente…
Existencialista? Não consta que tivesse aderido à Resistência…
Com enorme potencial de anarquismo, não consta que tivesse patente registada…
Boémio?..talvez…mas com pouca ou sem consistência intelectual – um músico menor com faculdades de abrilhantar verdadeiros artistas…

Sartre, levantou-se, despediu-se (a estória era, sem dúvida, sedutora mas não iria comprometer o seu estilo literário) pediu para o levarem de volta e lá ficou até que a 2ª Guerra lhe desse notabilidade, status e algum pilim…

Luis Aires