Um sol menino nasce tão cedo na Alfama
Que faz inveja - santa inveja, inveja boa
À Mouraria e à Madragoa
E eu que navego
Nas águas enluaradas do sonho
Pirateio novos rumos
Em viajeiro procurar
Aqui, Senhor, no Tejo bar
Capitaneio meu barco
Sem proa nem popa
De fantasia, em passe de mágica
Copo de cerveja ou rum da Jamaica
Velhos parceiros nas mesas:
Músicos, poetas, feiticeiros
Que depois de muito velejar
Acabam por se encontrar
No Tejo bar
Bar que beija Lisboa
Bem antes que Lisboa
Vá beijar outros bares
Tejo bar
Bela caravela
Nos versos que faço
A pensar em O'Neill
E no David
Do monumento de palavras
(Edison Nequete)
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