segunda-feira, 6 de julho de 2009

Poesia em Scott Johnsonn


Valeu a perspicácia do Tito Pires para descobrir naquele texto corrido um rítmo de poema.
Mais que a descoberta e o profundo conhecimento do idioma, valeu a coragem do poeta arrojado que ele é, para meter-se numa tradução-versão-quase-um-original.

(Organização)

Quando o Mundo ruiu ficamos entregues ao abrigo de uma música


Tenho uma garrafa para beber
Um poema para escrever
Uma canção para acabar
Qual destes me tomará primeiro?
Sem a garrafa não conseguirei escrever
Sem escrever não consigo compor
E o álcool já não me deixa tocar…


No meio de nós está um suplício no chão
Um suplício a arder
Guiamos sem ver
Iremos em contra-mão?


Sonhar não chega e é perigoso!
Luta-se porque é um sonho e temos que tentar,
Mesmo inconscientes de que não vamos conseguir concretizar.
Iludimo-nos muito e isso magoa.
Nem é o talento que define o sucesso…
Pode ser um meio entre tantos que não nos levam a parte nenhuma!
E se o acaso acontecer
É bom ter algo para mostrar.
Por isso luto… pelo acaso…
E o sonho evolui… sonha-se cada vez mais,
Mas o acaso não vem e isso dói
Porque trabalhei e merecia,
Mas não chega…
O acaso não avalia, acontece!


Mal ou bem organizadas,
As coisas estão organizadas


Enquanto durmo sossegado nesta rua
Um homem mata,
O Mundo gira…


Talvez seja bom este pesadelo,
Se o acaso o tornar maravilhoso!

(Tito Pires, a partir de original de Scott Johsonn)

O Escaparate do Changuito

Como se não bastasse toda a poesia intremeada nessa brincadeira literária, ainda aparacem esses poemas que o Tito Pires descobriu justificando ainda mais a delicadeza do Changuito que de ante-mão oferecera um lugarzinho nas suas estantes mesmo sendo elas preferencialmente para assentar poesia.



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