segunda-feira, 6 de julho de 2009

Retrato musical

Round a 4 vozes

Eu gostava mesmo era de retratá-lo musicalmente, porque é a minha única maneira. Mas, depois de ver a partitura do holandês, desisti. O “conterrâneo” compôs em tempo real e todo o delírio do americano maluco foi posto na pauta. Sinceramente, não sei se poderia fazer tão bem, ainda mais agora que o assunto está mais distante. Porém posso dar a minha contribuição passando a limpo as folhas borradas de vinho e cerveja e colocando no sítio certo algumas notas que, percebe-se bem, só estão na linha errada devido lá terem ido pousar às custas de muito álcool ou então porque o autor fora contagiado pela esquizofrenia do retratado.

(Cristiano Holtz)

(…)

O retrato musical do nosso heroi despertou o interesse de alguns artistas e está prestes a fazer parte do repertório do Quarteto Ariadne, formado por Ana Rita Gonçalves, violino; Alexandra Bochman, violino; Katia Santandreu, viola e Margarida Moser, cello. Mas…

(Organização)
Eu vi porrada!

Foi no Tejo bar. Eu estava lá de bobeira quando de repente entra um sujeito de quase dois metros e entrega um papel de pauta musical para o Mané dizendo que era para trocar por outro que lá estava não sei onde. Não entendi direito pois não estava a par das coisas, só sei que o Mané disse que não trocava, que o Cristiano já tinha perdido um tempão para corrigir a partitura e que até já tinha uns artistas famosos querendo gravar a música e que ele gostava da música, que achava que ela era a cara do Scott Johnsonn e que… deu lá mais um monte de argumento ao que o outro, que fiquei sabendo era um músico holandês muito chegado a uns copos, também tinha lá seus argumentos. Disse que a outra havia sido feita num delírio e que ele achava que esta que trazia traduzia melhor a situação já que representava um pouco da esquizofrenia do homem e um pouco do ambiente do bar que possibilita esses acontecimentos. Até aí, tudo bem. Só que o Mané quando disse que botaria as duas músicas, o homem endoidou e já tinha mais de dois metros quando partiu pra cima do Mané. A sorte foi que o Cristiano ia entrando na hora e com uns dois ou três golpes de Aikido livrou o amigo.
(Jorge Dias)

(…)

O holandês levou porrada mas prevaleceu a sua vontade, falou mais alto o bom senso. E aqui vai a nova música, Duetto, que retrata o Scott Johnsonn.

Porém, arriscando a levar umas tareias, pois nem sempre o Cristiano está por perto, o Mané resolveu contrariar o compositor e publicar também a primeira. Se está tão ruim como ele diz, ainda assim pensamos que valha a pena pelas circunstâncias em que foi feita. E nada que um bom arranjo não satisfaça.


(Organização)

Round 4


(Jan van Basten)

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