segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tejo bar ao Sol


Um sol menino nasce tão cedo na Alfama
Que faz inveja - santa inveja, inveja boa
À Mouraria e à Madragoa

E eu que navego
Nas águas enluaradas do sonho
Pirateio novos rumos
Em viajeiro procurar
Aqui, Senhor, no Tejo bar

Capitaneio meu barco
Sem proa nem popa
De fantasia, em passe de mágica
Copo de cerveja ou rum da Jamaica

Velhos parceiros nas mesas:
Músicos, poetas, feiticeiros
Que depois de muito velejar
Acabam por se encontrar
No Tejo bar

Bar que beija Lisboa
Bem antes que Lisboa
Vá beijar outros bares

Tejo bar
Bela caravela
Nos versos que faço
A pensar em O'Neill
E no David
Do monumento de palavras

(Edison Nequete)

Sem comentários:

Enviar um comentário